Quando uma rede da Internet das Coisas Industrial (IIoT) está finalmente operacional, pode ser tentador descansar nos resultados conquistados. No entanto, a mudança permanece como a única constante verdadeira no reino das redes industriais. Uma rede IIoT pode ser suficiente para as necessidades presentes e até estar pronta para os requisitos previsíveis dos próximos anos. Mas e quanto à próxima década? A incerteza está sempre presente, e a prontidão é imperativa.
Desde o início da automação industrial, os fabricantes adotaram uma variedade de protocolos e sistemas específicos para aplicações de controle altamente especializadas, em vez de aderir a tecnologias Ethernet padronizadas. No entanto, com a expansão contínua da IIoT, as redes industriais no futuro precisarão transmitir volumes significativamente maiores de dados entre dispositivos interconectados e coletar informações de dispositivos remotos para acesso por engenheiros de tecnologia operacional (TO) e tecnologia da informação (TI). Com essas crescentes demandas no horizonte, a preparação da rede pode determinar o sucesso de uma empresa.
A seguir, encontram-se três dicas da Moxa para auxiliar na prontidão de sua rede IIoT para o futuro.
Dica um: Alcance uma maior integração com infraestrutura unificada
Ao longo do tempo, diversos dispositivos utilizando diferentes protocolos foram implantados em redes industriais para fornecer uma gama de serviços. Nestas circunstâncias, a integração de rede muitas vezes acarreta custos maiores do que os previstos ou torna-se mais desafiadora de ser alcançada. Os fabricantes podem optar por manter o status quo, mantendo suas redes de automação isoladas com múltiplos protocolos do passado, ou buscar soluções que ofereçam serviços determinísticos e que possam integrar essas “ilhas de automação” em uma única rede.
Se a intenção é estar preparado para as demandas do futuro, a escolha óbvia é a segunda opção. A diretriz geral é levar em consideração os protocolos industriais potenciais e assegurar que as redes possam ser redesenhadas para atender a novas demandas do mercado. Uma abordagem viável é o Time-Sensitive Networking (TSN), um conjunto de padrões introduzidos pelo IEEE 802.1 TSN Task Group como uma caixa de ferramentas avançada. Com o TSN, é possível construir redes unificadas e abertas utilizando tecnologias Ethernet padronizadas, mantendo a flexibilidade para o futuro.
Dica dois: Possibilite o acesso em qualquer lugar por meio de serviços em nuvem simplificados
O acesso remoto baseado em nuvem oferece diversas vantagens aos clientes da IIoT, incluindo a redução do tempo de deslocamento e dos custos de envio de engenheiros de manutenção para locais remotos. Além disso, o acesso remoto seguro baseado em nuvem possibilita conexões flexíveis e escaláveis para atender a requisitos dinâmicos e em constante mudança. Entretanto, os engenheiros de TO podem achar a configuração e manutenção de seus próprios servidores em nuvem para novos serviços e aplicativos algo complexo. Na verdade, a configuração de uma nova infraestrutura, mesmo na nuvem, demanda considerável esforço. Felizmente, agora os OEMs e fabricantes de máquinas podem oferecer serviços seguros baseados em nuvem e acesso remoto aos seus clientes, eliminando a necessidade de manter servidores em nuvem internos.
O acesso remoto seguro baseado em nuvem proporciona conexões flexíveis e escaláveis para satisfazer os requisitos mutáveis do futuro.
Uma consideração chave que merece atenção é o esquema de licenciamento do servidor em nuvem. Embora os custos iniciais possam parecer baixos para hospedagem em servidores limitados, essas supostas economias podem tornar um projeto ineficaz devido a uma capacidade de conexão restrita. Além disso, é necessário ponderar os recursos de gerenciamento central para expandir de modo flexível as conexões remotas à medida que as necessidades evoluem. Nesse sentido, é prudente avaliar cuidadosamente os custos e benefícios da incorporação do acesso remoto seguro às redes industriais. Sempre opte por soluções que minimizem complicações e contribuam para agregar mais valor aos clientes.
Dica três: Utilize software de gerenciamento para maior visibilidade do estado da rede
À medida que a complexidade aumenta devido à crescente conectividade nas redes industriais, pode tornar-se desafiador identificar a causa raiz de problemas e manter uma visão adequada da rede. Os engenheiros de controle frequentemente precisam recorrer a tentativa e erro para restaurar a normalidade do sistema, o que é demorado e problemático.
Para simplificar e gerenciar redes industriais em expansão, os administradores de rede necessitam de um software de gerenciamento integrado para tomar decisões informadas durante a implantação, manutenção e diagnóstico da rede. Além disso, à medida que os sistemas continuam a crescer, é crucial prestar atenção a várias questões de integração de rede. Gerenciar exclusivamente redes industriais em centros de controle locais pode não ser viável daqui a três ou cinco anos, especialmente quando sistemas existentes precisarem ser integrados aos novos. Consequentemente, é importante contar com software de gerenciamento de rede com interfaces de integração, como tags OPC DA para a integração com sistemas SCADA ou APIs RESTful para serviços externos da web. Ademais, uma interface que facilite a integração com software de terceiros é um critério fundamental para assegurar flexibilidade futura.
Para muitos setores, a IIoT traz tantos desafios quanto oportunidades. Entretanto, essa nova fronteira, onde os tradicionais silos de TO e TI se encontram, é claramente o caminho adiante. A implementação bem-sucedida de um aplicativo IIoT requer um planejamento criterioso e atenção aos detalhes desde o momento em que se decide embarcar nessa jornada. Como uma especialista pioneira em redes industriais, a Moxa oferece diversas tecnologias e soluções inovadoras para acelerar a prontidão da rede para futuras aplicações de IIoT.
